Um australiano afirma ter descoberto a fórmula do vinho tinto que concentra o maior número de benefícios para a saúde sem alterar a qualidade nem o sabor.
"Estivemos buscando este antioxidante, presente em ínfimas quantidades no vinho, e elevamos a um nível tal para que tivesse efeito sobre a saúde", explicou nesta terça-feira (22/01/13) à AFP Greg Jardin, um bioquímico de Brisbane, no Estado de Queensland (leste da Austrália).
Graças a isso, a bebida poderá ser consumida com moderação, atuando como anti-inflamatório e no combate a doenças como artrite ou fadiga crônica, graças às propriedades antioxidantes do vinho tinto.
Mas introduzir antioxidantes no vinho faz com que não seja possível bebê-lo devido ao seu alto conteúdo de taninos. Modificando estes componentes para que sejam lipossolúveis e melhor assimilados pelo corpo, o cientista assegura conseguir transformá-lo em potável.
Este vinho especial é produzido observando os cânones, mas acentuando o processo em algumas das etapas, explicou. "Não foi feito nada diferente no seu preparo", declarou o químico, que qualificou a bebida como "puro vinho tinto".
"Esta tecnologia do polifenol modificado poderia também ser utilizada na elaboração de outras bebidas ou alimentos", segundo Greg Jardine.
Lindsay Brown, farmacologista da Universidade de Queensland do Sul, experimentou o processo, que efetivamente parece melhorar a saúde de ratos paralisados pela artrite.
"Impede completamente a inflamação, o inchaço e a rigidez das patas", declarou.
Mas, igual a muitos de seus colegas, a farmacologista adverte os perigos de considerar o vinho como um medicamento. "O vinho é uma bebida consumida por boa parte da população. O problema é as pessoas acreditarem que vão poder beber uma garrafa por dia".
Vários estudos epidemiológicos demonstraram que beber vinho tinto com moderação reduz o risco de doenças cardiovasculares, e é bom para as articulações.
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