Esse é o Louis Latour Bourgogne Cuvée Latour Rouge um vinho da uva Pinot Noir, safra 2010, característico da região da Bourgogne, França, um vinho tinto de ótimo custo benefício.
Apresenta coloração rubi, característica dos vinhos jovens, aromas de frutas vermelhas, corpo leve, taninos macios, fácil de beber. Harmonizou bem com um dos meus pratos preferidos da culinária francesa: Magret de Canard ao molho de mel e laranja. Mas também é um ótimo acompanhamento para Codorna assada com purê.
A Borgonha é umas das principais regiões vinícolas da França, estando dividida em cinco principais sub-regiões, que ainda são divididas em mais outras 40. Só os vinhedos mais importantes são quase 600. Um grande passeio é percorrer a Rota dos Vinhos de Bourgogne.
Basicamente, os principais vinhos da Borgonha são elaborados com duas uvas: os brancos com a chardonnay e os tintos com a pinot noir. Para alguns críticos de vinhos, é nessa região que essas duas uvas alcançam a excelência, resultando em vinhos excepcionais e caros, variando de preços dependendo da safra.
Esta região francesa é o reino da Chardonnay. Berço de alguns dos rótulos mais cobiçados do mundo, como Montrachet e Meusault, a Borgonha dá origem a vinhos em estilos variados produzidos com a Chardonnay, dos mais minerais, refrescantes e clarinhos, que devem ser bebidos mais jovens, como a linhagem dos Chablis, até os mais maduros, imponentes e de coloração dourada, como os já citados Meursault, que podem envelhecer por décadas.
Ocorre que na Borgonha o clima interfere muito na qualidade das uvas, deixando os vinhos diferentes de um ano para outro. Estamos falando da região mais fria e mais ao norte entre as que elaboram vinhos tintos. A falta de sol e as chuvas atrapalham tanto, que os vinhos podem ser medíocres, sem corpo, sem atrativos, mesmo os dos produtores mais importantes.
Nos rótulos encontraremos a palavra domaine, mas se você não tiver um livro sobre vinhos à mão, não se desespere. Um domaine é um terreno que pode conter vários vinhedos, cada um de um proprietário e cada vinhedo pode produzir vários vinhos. São 40 mil hectares de vinhedos e cerca de 10 mil produtores. Então, a média é de apenas quatro hectares por proprietário.
As principais regiões da Borgonha são:
Chablis – região mais ao norte, de onde saem os melhores Chardonnay do mundo, secos e amanteigados ao mesmo tempo.
Côte d’Or – uma região com vinhedos voltados para o sudoeste, daí o nome “encosta do oriente”. Seus vinhedos recebem muito sol, o que é importante. É dividida em duas partes. Ao norte, dedicada à produção de tintos com a pinot noir, fica Côte de Nuits. Ao sul, dedicada aos brancos e tintos, fica Côte de Beaune.
Côte Chalonnaise – fica ao sul de Côte d’Or e tem menos prestígio, produz tintos e brancos mais baratos. Aqui é também utilizada outra uva branca, a aligoté.
Mâconnais – ainda mais ao sul, é uma região que produz quase a metade dos vinhos brancos da Borgonha, principalmente, em Mâcon Villages, Pouilly-Fuissé e St.-Véran. São vinhos mais acessíveis.
Beaujolais – essa é uma região tão diferente das outras que mereceria uma coluna especial. A começar que a uva tinta não é a pinot noir, mas com a gamay (fala-se gamé).
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