sábado, 29 de junho de 2013

Restaurante Chez Bernard - Salvador/BA

São poucos os restaurantes que completam cinco décadas em tão boa forma quanto o Chez Bernard. Aberto em 1963, pelo francês Bernard Goethals, o endereço tem um dos salões mais vistosos da cidade, com iluminação suave, mesas cobertas de linho brancoe uma parede envidraçada que emoldura a Baía de Todos os Santos. 

Na seleção de vinhos estão 140 rótulos, sobretudo franceses como o Château L'Escart Prestige Médoc 2007.  


A cozinha funciona à altura do ambiente, sob a batuta do chef Rui Carneiro. Com experiência de cinco anos nos fogões do paulistano D.O.M., eleito em 2013 pela revista inglesa Restaurant o sexto melhor do mundo, Carneiro investe em clássicos da especialidade e propõe sugestões mais autorais. É o caso da Paca Confitada, assada durante cinco horas em baixa temperatura e regada a uma redução de vinho do Porto e pimenta-verde. Guarnecido de risoto de cogumelo seco e abóbora.

O cardápio lista também Coq au Vin com purê de batata, Magret de Canard com purê de batata,  Carré de Cordeiro grelhado ao molho poivre escoltado por cuscuz marroquino e legumes. Pode-se optar ainda pelo menu degustação, cuja sequência contempla quatro ou seis pratos em pequenas porções. 
 Magret de Canard


Por fim, uma dupla de confeiteiros se encarrega de preparar Creme Brulée, Crepe Suzette, Tarte Tartin, entre outras sobremesas. 

 Creme Brulée


sexta-feira, 28 de junho de 2013

Vino Nobile Di Montepulciano

Localizada no sul da Toscana, bem próximo a Montalcino, Montepulciano é uma pequena vila charmosa da Itália. Os vinhedos cultivados por lá são em sua maioria clones da uva rainha Sangiovese, por lá chamada de Prugnolo Gentile. 

O Vino Nobile di Montepulciano é o mais famoso da região e não é por acaso. Um vinho que se assemelha um pouco aos Brunellos com relação ao corpo e à sua intensidade, mas que pode levar ainda 30% de outras uvas que não a Sangiovese (Prugnolo Gentile), o que os fazem também um pouco parecidos com os Chiantis. 

O envelhecimento mínimo do vinho em madeira é de 1 ano e é um vinho bem complexo, de bom corpo e boa acidez. O irmão mais novo, o Rosso di Montepulciano é bem mais leve e seu amadurecimento menor. A Toscana é um dos principais destinos do Enoturismo do mundo, famosa por ser a terra dos Chiantis, Brunello Di Montalcino e Nobile Di Montepulciano.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Proeza Dão 2010

O famoso escritor português galardoado com o prémio Nobel, José Saramago, declarou a sua paixão pela região do Dão ao afirmar: “Tudo nestas paragens são grandezas”. Orgulhando-se de uma história vitivinícola que remonta há mais de um milénio, o Dão é um dos melhores exemplos do empenho dos Portugueses na produção de vinhos tintos e brancos de excelente qualidade.

As belíssimas vinhas estão dispersas pela região em pequenas propriedades abrigadas por pinhais, muitas vezes alcandoradas nas encostas da Serra da Estrela, cujo cume se eleva quase aos 2000 m e é o mais elevado de Portugal continental. Esta região montanhosa pode arrefecer muito durante a noite, levando a que o lento amadurecimento das uvas produza vinhos de aromas ricos e boa acidez.

Há mais de 70 milhões de vinhas plantadas na região, e as tradições locais afirmam que a famosa casta tinta Touriga Nacional é originária da vila de Tourigo, na região do Dão. Hoje, esta casta é considerada uma das melhores do género no país. No que respeita às castas usadas para o vinho branco, a mais valorizada na região é a Encruzado, de sabor leve e fresco.

O vinho mais típico do Dão é o tinto, de cor rubi, redondo, espirituoso, de aroma delicado e sabor aveludado. Os vinhos Proeza refletem essas características do Terroir granítico do centro de Portugal.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Cousiño Macul

By Rafael Pimenta

Amigos,

Em maio desse ano estivemos em Santiago com um casal de amigos. Santiago é uma cidade incrível, com diversas opções. As visitas às vinícolas estão certamente entre elas.

No caminho de volta de Viña del Mar paramos na vinícola Veramonte, mas os tours guiados já haviam sido encerrados. Como a Concha y Toro estava em greve (apesar dos locais não nutrirem muito apreço por esta vinícola e a considerarem muito turística, queríamos ir. Afinal, somos turistas!) decidimos pela vinícola Cousiño Macul que fica praticamente dentro da cidade.



O acesso à vinícola é muito fácil. Estávamos hospedados no centro, bem perto da Plaza de Armas, onde pegamos o metrô. Descemos na estação Quilin e tomamos um táxi que percorreu no máximo uns 2km.

A visita guiada, acompanhada da degustação de três vinhos diferentes - um syrah, um cabernet sauvignon e um rosé - e uma taça de brinde custa 9000 pesos chilenos (R$ 40,00) por pessoa. Há ainda a opção da degustação premium, na qual por 18000 (R$ 80,00) degusta-se mais dois tipos de vinhos acompanhados de queijos e frutas secas.



Começamos a provar os vinhos antes mesmo de começar, já que onde esperávamos era justamente onde a degustação da turma do horário anterior estava acontecendo. Como já estávamos por lá...

A visita segue o roteiro padrão, uma olhada na plantação, prova-se a uva, uma passada pelos barris de carvalho, os tanques de aço inox, algumas curiosidades e degustação!






O tour, como não poderia deixar de ser, termina dentro da loja. Os vinhos não eram espetaculares, mas a visita valeu muito a pena.

Grande abraço!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Tour Uva e Vinho Vale dos Vinhedos

Uma ótima pedida de passeio em Gramado é o Tour Uva e Vinho. Tem vários roteiros, mas normalmente inclui uma visita a Nova Petrópolis, passeio de trem Maria Fumaça entre Bento Gonçalves e Carlos Barbosa, onde se localiza a fábrica da Tramontina e a Fetina de Formaio (casa do Queijo), visita a Garibaldi e a Caxias do Sul, e, claro, tudo sempre passando pelo Vale dos Vinhedos e visitando algumas vinícolas menores e uma principal, como Aurora ou Miolo. No nosso caso a visitação e degustação foi na Aurora, em Bento Gonçalves.




A Vinícola Aurora é a maior cooperativa vinícola do Brasil. Com 75 anos de existência, há duas décadas ocupa posição de liderança no mercado nacional. A história da Vinícola Aurora se mescla à história do Rio Grande do Sul. Teve início em 1931 com 16 famílias de descendentes de italianos que se uniram para formar uma cooperativa. Hoje são mais de 1200 famílias associadas, responsáveis pela produção de 46 milhões de Kg de uvas que resultam em 35 milhões de litros de vinhos por ano.

A Aurora fica bem no centro de Bento Gonçalves, ocupa dois quarteirões e, uma vez dentro dela, se tem a impressão que seja muito maior do que aparenta vista do lado de fora. Durante a visita são mostradas todas as etapas da elaboração dos vinhos, sendo possível conhecer uma vinícola bem de perto. 


 A produção da Aurora ainda é, em sua maioria, de vinhos de mesa, e o volume de vinhos finos, embora muito grande, representa apenas o 15% de sua produção anual. Os tintos são maturados em barricas de carvalho de tipo americano como as da foto abaixo.



Os vinhos brancos são fermentados num andar mais embaixo, em ambiente com temperatura controlada, em tinas de aço inox.


A visita prossegue pelos corredores da vinícola que parecem um verdadeiro labirinto subterrâneo, através de tanques de aço inox para armazenamento e estabilização dos vinhos depois da fermentação.


Por outro lado os vinhos de mesa são armazenado em gigantescas pipas de madeira, geralmente araucária, antes do engarrafamento, como se pode ver atrás da guia da visita.


A visita passa pelo corredor das bandeiras, onde são representados todos os países para onde a Aurora exporta ou já exportou seus vinhos e pela Fonte de Baco, o deus do vinho.


A Fonte de Baco:


A visita termina com a degustação dos finos Vinhos Aurora na Cave de Baco. E aqui vai uma crítica: a degustação nos foi servida em pequenas taças de plástico, uma tremenda bola fora, tenho certeza que a percepção do profissionalismo da Aurora, bem como a idéia de qualidade do vinho que o visitante teria, seria bem diferente se fossem utilizadas taças de vidro, os enófilos agradeceriam e o conceito da vinícola com certeza seria bem mais elevado. Fazer o que...





Mas vele muito a pena o passeio e talvez o ideal seja visitar a vinícola Miolo.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Onde Comer em Gramado

A culinária de Gramado-RS é bastante marcada pelas tradições alemã, italiana e suíça, sendo esta última a que trouxe a receita mais ligada à cidade: o fondue. Excelente cidade para uma viagem a dois, numa Lua-de-Mel, pelo romantismo que paira no ar, clima frio e ar europeu, com excelentes opções de hotéis e restaurantes, mas também uma viagem inesquecível para as crianças, principalmente na época do Natal Luz, onde tudo é voltado para as tradições do Papai Noel. Já tive a oportunidade de ir em ambas situações, e não vejo a hora de ir novamente. 

Então vamos dividir as dicas por culinária:

1) Sequência de Founde
Sem dúvida nenhuma é a cara de Gramado. Dezenas de restaurantes na cidade servem a tradicional sequência de founde, começando com queijo, depois carne e por último, o grand finale, o de chocolate. É de comer de joelhos. Vou selecionar aqui minhas duas casas peferidas:

- Le Chalet de La Founde : esse é um dos melhores restaurantes de Gramado, imperdível, com cardápio de cozinha internacional e claro a sensacional sequência de founde, cujo de carne vc pode optar por fritar no óleo ou na pedra vulcânica (assim como nos outros restaurantes). Porém como tudo que é bom é caro, uma sequência por pessoa estava (no Natal Luz de 2012) em torno de R$ 85,00 por pessoa. Com o vinho o jantar para o casal fica em R$ 300,00.


 - Chateau de La Founde: esse restaurante não tem a suntuosidade do anterior, mas é tão acolhedor quanto. A decoração é mais rústica, não tem as cadeiras de veludo do Le Chalet, mas me agradou bastante. Acho que gostei até mais. Tem um cara que canta ao vivo que é fantástico. "Esse cara sou eu"! A sequência é igualmente deliciosa (dessa vez optamos pela carne na pedra vulcânica) e bem mais em conta. O valor individual era de R$ 50,00 por cabeça e o jantar para o casal com o vinho saía em torno de R$ 200,00. Não deixa nada a dever ao anterior.





2) Sequência Alemã
Não tem a fama da sequência de founde mas é igualmente deliciosa e  imperdível.

Hotel Ritta Hoppner: de longe o restaurante do hotel tem a melhor sequência alemã de Gramado. Vou falar mais a baixo do Colina Verde, que apesar de muito bom não se compara ao restaurante do Ritta Hoppner. Aqui a sequência é realmente toda alemã, sem outros adicionais, e o Joelho de Porco vem derretendo na boca. Pra mim foi uma grata surpresa já que fui no restaurante por acaso. Ocorre que ele fica a meio quarteirão do Mini Mundo, que é do mesmo dono, próximo também ao lago Joaquina Beer. Resolvi parar para almoçar e não perder tempo e digo que virou um dos meus restaurantes favoritos em Gramado. Excelente hotel também para se hospedar, principalmente em Lua de Mel. Há também o chá das cinco, ao melhor estilo britânico. A sequência custava R$ 45,00 por pessoa, e com a sobremesa de apffel struddel e os "barris" de chopp o almoço fica uns R$ 150,00 o casal e lhe poupa até da janta. No máximo uma pizza!






- Colina Verde: confesso que me frustrei um pouco com este restaurante. Não pelo restaurante em si, mas pela inevitável comparação com o anterior. Acho que fui cheio de expectativa e não era para tanto. A sequência também é boa, mas é permeada por outros quitutes, como macarrão e almôndegas dentre outras coisas que tiram a originalidade da sequência. Aqui o joelho de porco vem bem menor e ressecado. Não vem como uma peça inteira a sua mesa como no Ritta. E sem contar que não fica em Gramado, e sim na cidade vizinha de Nova Petrópolis. Sugiro a quem for que faça as duas experiências e depois me contem. A cerveja de trigo local da Edelbrau é excelente. O visual do lugar é sensacional. Digamos que o Ritta é ótimo e o Colina é bom. O preço também é mais acessível, acho que a sequência era R$ 35,00 por pessoa e o casal ficava em R$ 100,00 com a apffel struddel na sobremesa!




 3) Culinária Italiana

- Cantina Pastasciutta: Esse eu indico como um dos melhores de Gramado. Sensacional. E se me permitem sugiro um prato: talharim ao pesto com pernil de cordeiro. Fantástico. É de comer de joelhos. A dica é pedir o prato para 4 pessoas que vem o pernil inteiro. Se pedir o de 2 pessoas não vem assim. E a cervejinha rasen... Esse prato para 4 pessoas custa R$ 160,00, assim com as cervejas e a sobremesa o casal almoça por R$ 100,00. No final ainda ganhei um vinho da cantina, um bom exemplar Cabernet Franc do Vale dos Vinhedos que levei pra casa.





















 


- Pizzarias: excelente opção para refeições leves e também para as crianças. Conheci duas muito boas: Pizzaria Scur que fica atrás da Rua Coberta e Pizzaria Porto dos Piratas que fica vizinho a Chateau de La Founde. Ambas excelentes.

4) Outras Dicas

- O Irlandês: um restaurante-pub interessante. A sequência de founde não é boa, especificamente a de carne que mais parece um escalope que já vem pronto pra mesa e muito oleoso. Mas o de chocolate é ótimo e o Entrecôte com batata frita não deixa nada a desejar ao famoso restaurante parisiense. Vale a visita só por este prato (tão bom que não perdi nem tempo tirando a foto!).





- Castelinho Caracol: não deixe de provar a melhor apffel struddel de Gramado. O local é duplamente famoso: foi cenário da novela Chocolate com Pimenta e serve esta delícia. Para chegar ao restaurante, tem-se que pagar R$ 8,00 por pessoa para entrar no Castelo que tem um museu. Na verdade não há nada pra se ver. Só pra se comer!



- Há um restaurante-pub que fica na Av. Borges de Medeiros na esquina da Catedral de Pedra de Gramado que infelizmente não consegui ir. Estava sempre cheio e não consegui fazer reserva. Mas o ambiente é excelente e na época tocava blues. Fica a dica.



5) Churrascarias 

- Garfo e Bombacha: tinha grande expectativa nos famosos churrascos gaúchos, principalmente na famosa costela na vala. Fui no famoso Garfo e Bombacha em Canela, que além do churrasco self-service (sim, não é rodízio, pois não vem à sua mesa, vc tem que sempre se levantar e ir se servir) tem ainda um show típico gaúcho. Estranhamente me decepcionei. O espaço é amplo, agradável, mas a comida não me convenceu. Ainda mais pelo preço de R$ 65,00 por pessoa. O show é legalzinho mas achei o típico restaurante pega-turista. A cerveja também é ruim. Deve-se comer melhor em outro local. Há o Costelão Gramado. Depois me contem.



6) Outros

- São famosos em Gramado espalhando-se por todo canto o café colonial e o galeto. Particularmente não gosto de nenhum. O café colonial não tem diferença nenhuma do café do seu hotel, muito bolo e doce que você enjoa só de ver. Não vejo sentido nenhum e não indico. Da mesma forma não tenho nenhuma vontade de ir em um restaurante pra comer galeto (frango), sopa e polenta. É muito comum por lá, como a Casa di Paolo e há quem goste. Mas não fui em nenhum.

E pra quem for no Natal Luz, não deixe de comprar com bastante antecedência os ingressos pro Desfile de Papai Noel e Nativitaten os dois melhores espetáculos da época.


Bon apetit!