Uma ótima pedida de passeio em Gramado é o Tour Uva e Vinho. Tem vários roteiros, mas normalmente inclui uma visita a Nova Petrópolis, passeio de trem Maria Fumaça entre Bento Gonçalves e Carlos Barbosa, onde se localiza a fábrica da Tramontina e a Fetina de Formaio (casa do Queijo), visita a Garibaldi e a Caxias do Sul, e, claro, tudo sempre passando pelo Vale dos Vinhedos e visitando algumas vinícolas menores e uma principal, como Aurora ou Miolo. No nosso caso a visitação e degustação foi na Aurora, em Bento Gonçalves.
A
Vinícola Aurora é a maior cooperativa vinícola do Brasil. Com 75 anos de existência,
há duas décadas ocupa posição de liderança no mercado nacional. A história da Vinícola
Aurora se mescla à história do Rio Grande do Sul. Teve início em 1931 com 16 famílias de
descendentes de italianos que se uniram para formar uma cooperativa. Hoje são mais de
1200 famílias associadas, responsáveis pela produção de 46 milhões de Kg de uvas que
resultam em 35 milhões de litros de vinhos por ano.
A Aurora fica bem no centro de Bento Gonçalves, ocupa
dois quarteirões e, uma vez dentro dela, se tem a impressão que seja
muito maior do que aparenta vista do lado de fora. Durante a visita são mostradas todas
as etapas da elaboração dos vinhos, sendo possível conhecer uma
vinícola bem de perto.
A produção da Aurora ainda é, em sua maioria, de vinhos de mesa, e o
volume de vinhos finos, embora muito grande, representa apenas o 15% de
sua produção anual. Os tintos são maturados em barricas de carvalho de
tipo americano como as da foto abaixo.
Os vinhos brancos são fermentados num andar mais embaixo, em ambiente com temperatura controlada, em tinas de aço inox.
A visita prossegue pelos corredores da vinícola que parecem um
verdadeiro labirinto subterrâneo, através de tanques de aço inox para
armazenamento e estabilização dos vinhos depois da fermentação.
Por outro lado os vinhos de mesa são armazenado em gigantescas pipas de madeira, geralmente araucária, antes do engarrafamento, como se pode ver atrás da guia da visita.
A visita passa pelo corredor das bandeiras, onde são representados todos os países para onde a Aurora exporta ou já exportou seus vinhos e pela Fonte de Baco, o deus do vinho.
A Fonte de Baco:
A visita termina com a degustação dos finos Vinhos Aurora na Cave de Baco. E aqui vai uma crítica: a degustação nos foi
servida em pequenas taças de plástico, uma tremenda bola fora, tenho certeza que a percepção do profissionalismo da Aurora, bem
como a idéia de qualidade do vinho que o visitante teria, seria
bem diferente se fossem utilizadas taças de vidro, os enófilos agradeceriam e o conceito da vinícola com certeza seria bem mais
elevado. Fazer o que...
Mas vele muito a pena o passeio e talvez o ideal seja visitar a vinícola Miolo.