sábado, 17 de agosto de 2013

Château Haut-Beauséjour Saint-Estèphe 2006

Saint-Estèphe é a primeira comuna de fora para dentro na região do Haut-Médoc e ainda guarda alguma semelhança com o vizinho e menos reputado Bas-Médoc. O solo ainda possui argila misturada aos graves, e o resultado disso são vinhos mais ácidos e robustos do que elegantes, que nas safras mais secas costumam resistir melhor que os das demais áreas do Médoc. Os vinhos de Saint-Éstephe podem levar até 20 anos em boas safras para amadurecerem. 

Previsivelmente, os melhores vinhos e os grandes crus classés se concentram na região ao sul, fronteiriça à Pauillac do Château Lafite. Os principais nomes sem dúvida são os deuxièmes Cos d´Estournel, com uma proporção de Merlot pouco usual na região que o torna bastante suculento, e Château Montrose, à beira do Gironda, com estilo mais próximo ao dos vinhos de Pauillac. O troisième Château Calon-Ségur, o cru classé mais setentrional, nos arredores da vila de Saint-Estèphe, tem um estilo que fica entre o dos dois citados, podendo ser ótimo nas melhores safras.

A região produz também ótimos crus bourgeois, em especial na região a sul e sudoeste da vila de St-Estèphe. Os Châteaux Haut-Marbuzet, Meyney, de Pez, Phélan Ségur, Les Ormes de Pez, Beau-Site e Lilian Ladouys são os principais nomes desta área. Nas outras partes, podem ser citados os Châteaux Cissac, Bel Orme Tronquoy de Lalande e Le Bourdieu, dentre outros.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Château Pedesclaux Pauillac 2006

A famosa classificação de vinhos franceses de 1855 reuniu os melhores rótulos de Bordeaux (todos do Médoc, exceto o Château Haut-Brion, de Graves), a pedido de Napoleão III, para serem expostos na Exposição Universal de Paris daquele ano.

Uma das mais nobres áreas vinícolas da França, Pauillac concentra três dos cinco grandes de Médoc e Graves: Château Lafite e Mouton-Rothschild, mais ao norte, e Latour, na fronteira com Saint-Julien. Mais do que muitos grandes representantes, para muitos o Pauillac concentra os Médocs arquetípicos. Complexos, vigorosos e concentrados, expressão máxima da Cabernet Sauvignon, os vinhos de Pauillac atingem preços estratosféricos, estando alguns deuxièmes crus e até inferiores no mesmo patamar de qualidade atualmente que seus superiores na classificação de 1855.

A cidade de Pauillac é a maior do Médoc e concentra atividade industrial e portuária. Na faixa que margeia o Gironda e o canal de Gaer, que divide a comuna ao meio, o solo é inapropriado para as vinhas. Depois desta pequena faixa inadequada, uma linha contínua de vinhedos toma uma área com 6 km de extensão e 3 de largura. Na metade norte da comuna, as grandes estrelas são as propriedades da família Rothschild: os premiers crus classés Châteaux Lafite e Mouton-Rothschild. O Lafite, fino e macio, é uma das mais extensas propriedades da região. Já o Mouton, o único a ser agraciado com uma “promoção” desde que a classificação de 1855 foi feita, é denso e encorpado, reflexo de uma maior concentração de Cabernet no seu corte.

O Chateau Pauillac é um vinho 5ème Cru Classé.


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Victoria Park 2011


Sherry (Jerez)

Sherry é o nome inglês utilizado para designar o vinho espanhol Jerez. Trata-se de uma bebida fortificada, isto é, que recebeu uma adição de aguardente vínica durante seu processo de produção, aumentando seu teor alcoólico.
 O Sherry é protegido pela Denominação de Origem e só pode ser fabricado pelo triângulo de Jerez, que inclui as regiões de Jerez de la Frontera, Puerto de Sanlúcar de Barrameda e Puerto de Santa María.
A principal casta de uva utilizada na fabricação do Sherry é a branca Palomino, originária da região de Jerez de la Frontera. Além da Palomino, alguns produtores também usam as castas de uvas brancas Moscatel e Pedro Ximénez.
Um dos grandes diferenciais do vinho Sherry está em seu processo de envelhecimento. Depois de fermentada, a bebida é envelhecida através do processo de solera, no qual o vinho passa por vários cortes.
No envelhecimento por solera, o vinho é armazenado em barris de madeira que não são totalmente preenchidos. Isso se deve ao fato de os produtores completarem o restante do barril com vinhos Sherry de outras safras durante o amadurecimento, neste caso sempre mais novas.
Justamente por essa técnica de envelhecimento diferenciada, o vinho Sherry não pode ser safrado, já que cada garrafa traz sempre vinhos de anos diferentes. O que se indica nos rótulos é sempre o tempo de envelhecimento.
O Sherry é um ótimo vinho aperitivo. Em harmonizações, as versões secas do Sherry são perfeitas para acompanhar pratos mais temperados. Já o Sherry mais adocicado combina com sobremesas e frutas.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Château Magnol Cru Bourgeois Haut-Médoc 2007

O Haut-Médoc é a região das grandes estrelas de Bordeaux. Além dos 60 crus classés e 4 dos 5 premiers crus classés, nela há mais de 150 crus bourgeois de vários níveis, alguns dos quais comparáveis a crus classés de alta patente a um preço mais acessível. A grande maioria dos classés se encaixam em appélations comunais: apenas 5 dos 60 estão em áreas cuja denominação no rótulo é a genérica Haut-Médoc. 

Em oposição às regras rígidas da classificação de 1855, o sindicato de produtores do Médoc criou a classificação dos crus bourgeois (crus burgueses, já que os classés seriam “aristocráticos”) em 1932 para tentar reverter os maus resultados das vendas. A ordenação seria revista algumas vezes, tendo sido consolidada sua atual estrutura entre 1966 e 1978. 

Os vinhos dentro dessa hierarquia podem ser classificados como crus bourgeois exceptionnels, grands crus bourgeois ou crus bourgeois, em ordem decrescente de importância, embora no rótulo todos só possam usar o adjetivo mais simples. Se por um lado a qualidade de muitos crus classés oscilou em mais de um século e meio desde a classificação, é possível encontrar crus bourgeois desde medianos, pouco melhores que um Bordeaux genérico, até ótimos, superando em qualidade alguns crus classés de menor estirpe.



terça-feira, 13 de agosto de 2013

Château La Gurgue 2008 Margaux

Margaux rivaliza com Pauillac como a região de maior prestígio do Medoc. Em seus 1.300 ha de vinhedos, onde a uva Cabernet Sauvignon predomina, se produz vinhos de grande elegância. O mais famoso é o Château Margaux, “premier cru classe” que é uma verdadeira legenda. Elegância e delicadeza são as marcas registradas dos bons vinhos daqui. Outros produtores: Ch. Brane-Cantenac (2ème cru), Ch. Rauzan-Gassies (2ème), Ch. Lascombes (2 ème), Ch. Kirwan (3ème), Ch. Palmer (3ème) Ch. Prieuré Lichine (4 ème), Ch. Dauzac (5ème). E vários “crus bourgeois”.

Bordeaux é a região francesa que concentra a maior quantidade de grandes propriedades vinícolas e todos seus vinhos são AOC. Diferentemente da outra principal região, a Borgonha, aqui os vinhedos são extensos, muitos deles ao redor de châteaux, castelos que servem de sede para as grandes casas produtoras. Muitas vinícolas adotaram o nome château mesmo não possuindo um castelo, tão grande é a associação feita entre vinhos de Bordeaux e os castelos.






domingo, 11 de agosto de 2013

Gran Tarapacá Reserva Cabernet Sauvignon 2010


Château de Rougerie Icone 2010


Bouchard Père & Fils Réserve Pinot Noir Bourgogne 2010



A Bourgogne divide com Bordeaux o título de mais famosa região vinícola da França. Entender os vinhos da Bourgogne é uma tarefa complexa, pois ela possui uma grande variedade de vinhedos individuais, de propriedades, de estilos e técnicas de vinificação.

A Pinot Noir é uma excelente uva da região da Borgonha (Bourgogne). Ela é sozinha responsável por alguns dos melhores vinhos tintos do mundo. Já foi transplantada para muitos paises, com razoável sucesso. Entretanto, a Pinot Noir fora de seus "terroirs" originais não tem desempenho que chegue aos pés das origens. Ocorrem também a Pinot Gris, Pinot blanc, e Pinot Meunier, que dão ótimos vinhos brancos. A Pinot Noir pode dar também vinho branco quando suavemente macerada; combinada com a pinot meunier e chardonnay, formam por excelência, as castas originais do champagne.

Os melhores vinhos da Borgonha são elaborados a partir dela, entre eles os Côtes de Beaune, Nuits-St.Georges, e o famoso Romanée Conti.

Os vinhos da Borgonha são deliciosos vinhos de coloração rubi, com clareza translucida, mas com sabor e aroma marcantes, puxando a cerejas e ameixas frescas, na boca surpreende o contratste da cor vermelho brilhante, com sabor intenso e taninos firmes, mas corpo médio. Dependendo do modo de elaboração (bem como dos vinhedos que se tem) pode ser feito para consumo pronto (2 anos) ou para longevidade (10, 20, 30 anos).

Devido á sua potencia pode acompanhar (ou ser acompanhado por) carnes vermelhas bem preparadas, queijos e fondue (de queijo ou bourguignone, claro). Devido ao seu corpo médio e sua acidez equilibrada com taninos redondos, não irá bem com feijoada ou churrasco (há outras boas opções para isso), mas aceitará bem uma carne seca com queijo de coalho. Aves, caça, vitela e porco -- mesmo um bom javali -- são perfeitos com Pinot Noir.

Cheers!

Feliz Dia dos Pais!