Um blog nascido da curiosidade. O que afinal é a Enogastronomia? A simples harmonia entre o vinho e o prato? Mas e a companhia? E o local? E a paixão? E o doce sabor do beijo só pode durante a sobremesa? Me parece um universo inesgotável de variáveis. Assim não quero chegar tão cedo à harmozinação final. O que dá prazer é percorrer o caminho da busca. “De gustibus non disputandum est”. Afinal, o essencial é invisível aos olhos.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Tokaj Aszú Leonis Selection 3 Puttonyos 2008
São elaborados com uvas de uma região demarcada no nordeste da Hungria, conhecida como Tokaj-Hegyalja (colinas de Tokaj) e daí seu nome. Interessante que esta região está encostada na fronteira com a Eslováquia havendo um acordo para que esse país possa também produzir esse néctar, porém com um volume pré difinido que não pode ultrapassar 10% do total. Isso, no entanto, parece que está passando por reforma já que os eslovacos colocam pressão para mudar esse status-quo.
domingo, 19 de janeiro de 2014
Vermentino Sensi Collezione 2011
Chablis 1er Cru Mont de Milieu
sábado, 18 de janeiro de 2014
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
domingo, 12 de janeiro de 2014
Chardonnay
Arainha das uvas brancas, e uma das cepas mais conhecidas e mais plantadas no mundo... Chardonnay!
A Chardonnay é plantada praticamente em todos os países que produzem vinho:
Nas regiões francesas da Borgonha, de onde ela é original, principalmente em Côte de Beaune e Chablis, nas regiões de Champagne, da Alsácia e de Languedoc-Roussillon.
Em diversas regiões da Califórnia, e também no Oregon.
Na Austrália, na Nova Zelândia, no Chile...
As vinhas de Chardonnay tendem a produzir muitos cachos de uva, e se não forem corretamente podadas, podem prejudicar a qualidade da safra. Além disso, a fina casca da Chardonnay a deixa bastante suscetível a mofo, bolor, pragas e doenças, exigindo muito cuidado por parte do produtor.
Conhecida por sua versatilidade, a Chardonnay pode fornecer vinhos muito variados, de acordo com o amadurecimento da fruta, com as técnicas de vinificação, e com o terroir.
Em relação ao tempo de espera até a colheita, uvas menos maduras podem remeter à maçã verde e limão; uvas mais maduras trazem aromas que lembram abacaxi e manga.
Em relação aos processos de vinificação, a passagem por madeira muda muito as características naturais do Chardonnay, acrescentando aromas e sabores marcantes de baunilha, manteiga, açúcar caramelizado, crème brûlée, praline...
E, no que diz respeito ao terroir, a uva Chardonnay cultivada em locais frios e amenos é leve e refrescante, enquanto que, em locais de clima quente, desenvolve corpo e densidade exuberante.
Sendo assim, o estilo do Chardonnay produzido em Chablis, na Borgonha, e também na Nova Zelândia, costuma ser crocante, medianamente encorpado, frutado e mineral. Já os vinhos Chardonnay da Califórnia e da Austrália normalmente se apresentam mais encorpados, com teor alcoólico mais elevado, com madeira e amanteigados.
Além disso, vale ressaltar que a Chardonnay é bastante utilizada na produção de espumantes, inclusive em Champagne, onde um Blanc de Blancs é um varietal dessa uva.
E, assim como há um Chardonnay para cada gosto, também há um Chardonnay para cada prato. Os mais leves e mais minerais, como Chablis, que devem ser servidos a 9°C, são boas opções para ostras, risotos de frutos do mar, camarão e lagosta grelhados, salmão, atum... Já um Chardonnay mais encorpado, e com madeira, é um excelente acompanhamento para carne de porco, frango, salames, azeitonas..., mas não precisa ser servido tão gelado, podendo chegar a mais ou menos 12°C.
De qualquer maneira, você pode confiar na versatilidade da Chardonnay: essa é uma uva que combina bem com a maioria dos alimentos e dos paladares.
E, uma última curiosidade: uma pesquisa de DNA realizada na California identificou a Chardonnay como sendo um dos resultados do cruzamento entre a Pinot e a medieval Gouais Blanc.