O Chateau Reignac está localizado em
uma colina na confluência de ''Entre Deux Mers”, que apresenta uma
característica rara, reunindo os melhores solos da margem direita
(argila calcária) e esquerda (argiloso cascalho) na mesma propriedade.
Ele está localizado na zona oeste do ''Entre-Deux-Mers” ao sul da cidade
de Saint-Loubès, num terreno variando entre 43 m e 22 metros acima do nível do Rio. Em 2000 o vinho recebe 92 pontos numa avaliação de Robert Parker e começa a ganhar notoriedade.
Em 13 dezembro de 2011 um Grande Júri Europeu para vinhos avaliou numa degustação às cegas os vinhos Balthus
do Chateau Reignac entre outros três Grand Crus, e outros vinhos de
grande fama e qualidade internacionalmente reconhecidos: Cheval Blanc,
Lafite -Rothschild e Petrus.
Esta prova de certa forma repetia uma prova às cegas realizada em 2009, na qual o Chateau Reignac
foi provado às cegas entre outros grandes vinhos de Bordeaux, na safra
de 2001, numa comparação entre vinhos de “Grands Artisans” e “Grands
Chateaux”. O resultado foi: 1º - Chateau Ângelus (152,13 euros). 2º- Chateau Reignac (14 euros). 3º-
Chateau Lafite Rothschild (209,18 euros). 4º- Chateau Latour (418,36
euros). 5º- Chateau Ausone (747,98 euros). 6º- Chateau Mouton Rothschild
(209,18 euros). 7º- La Mission
de Haut-Brion (117,93 euros). 8º- Chateau Petrus (1521,31 euros). 9º-
Chateau Haut- Brion (253,55 euros). 10º- Chateau Margaux (275,57 euros).
11º - Cheval Blanc (316,47
euros). O importante é que na época o Chateau Reignac custava 14 euros
na prateleira e bateu vinhos que custavam muito mais que ele. A
degustação foi acompanhada por um oficial de justiça desde a compra dos
vinhos, a organização em si da prova, o evento e a apuração das notas de
cada provador.
O resultado da prova foi criticado por
muitos enófilos e jornalistas, por conta de negar a noção de
classificação dos grandes vinhos degustados. Para muitos deles, mesmo
quando se leva em conta a noção de prazer, a "drinkability" dos vinhos, o
equilíbrio e complexidade dos vinhos provados, a fama dos grandes
rótulos tem seu peso em história e tradição.
Afinal, os vinhos provados foram
produzidos em regiões vizinhas, com mesmas uvas, embora em proporções
diferentes. A noção de terroir faz muito sentido para os franceses e
neste aspecto, aporta complexidade. O resultado da prova mostrou que,
contando com solos adequados, trabalhando com foco em qualidade,
adaptando a forma de trabalhar, pode-se alcançar a excelência de um
Petrus ou um Cheval Blanc.
Corte: Merlot 70%, Cabernet Sauvignon 25% e Cabernet Franc 5%.
Vinificação:
Barricas novas, durante 19 meses. Todos os produtos do Reignac são
supervisionados pelo enólogo Michel Rolland, mundialmente conhecido.
Notas de degustação:
Cor rubi viva, escura. Aroma com explosão de fruta escura madura (sem
excesso). Depois aparecem notas de especiarias como baunilha,
pimenta-do-reino, cravo, canela, notas de chocolate e defumado. O
paladar repete de forma maravilhosa o perfil aromático, com uma bela
acidez fresca, e bela textura com taninos macios. Muito equilibrado,
harmonioso, um vinho de boa concentração, corpo médio, rico. O fim de
boca, além de persistente, confirma elegância e harmoniza.
Harmonização: Carnes vermelhas de todos os tipos, pato, caças em geral, massas com molhos intensos.